Eclipse




A noite era sombria, em sua toca apenas se recolhia. Não dormia, tinha medo. Eles poderiam voltar. Na manhã nada dizia invisível vivia a estranha figura que a via no luto da noite a esquecia na luz do dia. Sentia dor, fome, frio. Sorrisos, esta coisa estranha que algumas pessoas emitiam de onde vinha aquela expressão? Sabia chorar, chorara durante varias noites, vários dias, vários meses, vários anos.
Na penúria em que vivia, não tinha escapatória, pois não sabia sonhar. Sempre ouvia falar que um dia alguém vinha ajudar, este dia nunca existia.
Quando finalmente aprendeu a falar, dizia: Uma esmolinha pelo amor de Deus!
Mais que deus, que deus era esse, meu Deus, não sabia. Apenas repetia o que ouvia durante todo o tempo. Quando aprendeu a andar, começou a caminhar cada passo, era uma aventura, cada aventura se tornava mais amargo, mais duro, já não sabia chorar, no lugar das lagrimas desesperada de uma criança, apareceu o sorriso malicioso de um adulto, não tinha mais medo, sabia lutar, um dia corto o pescoço do bicho papão, neste dia aprendeu a sorrir. Sabia que por apenas um segundo tinha se tornando herói,depois disso correu,e nunca mais ninguém o viu.